É da tamareira – palmeira originária do Oriente Médio – que se obtém a tâmara, fruto comestível muito saboroso e nutritivo que é cultivado há milênios em países como Egito, Irã, Arábia Saudita, Paquistão e Iraque.
O cultivo de subsistência da tâmara é de extrema importância em quase todas as regiões desérticas, onde é considerada o alimento perfeito para a sobrevivência dos povos beduínos. Diz-se, inclusive, que um beduíno consegue resistir três dias de marcha com uma única tâmara: “no primeiro dia come a pele; no segundo, o fruto e no terceiro, o caroço”.
Quando maduras, as tâmaras apresentam coloração avermelhada, polpa fibrosa e sabor agridoce. São ricas em açúcares, fibras, vitaminas (em especial a C) e sais minerais como potássio, cobre, magnésio, ferro e cálcio. Também contêm ácido pantotênico (vitamina B5), componente conhecido por seus efeitos tranquilizantes – daí o fato de a tâmara ser considerada um antiestressante natural, por sua capacidade de relaxar e pela sensação de bem-estar que proporciona.
A umidade e o teor de açúcares solúveis da tâmara permitem sua classificação em três categorias, segundo o Embrapa: tâmaras moles, tâmaras semissecas e tâmaras secas. Costumam ser consumidas cruas ou utilizadas na produção de doces, licores e geleias, sendo também aplicadas na fabricação de xaropes.
Uma das formas mais gostosas de saborear a tâmara é juntando-a com um morango e formando uma espécie de “bombom”. E é bem facinho de fazer. Basta cortar a tâmara no sentido longitudinal, sem destacar as metades (e retirando o caroço, se tiver) e, depois de lavar bem o morango, encaixá-lo na cavidade aberta na tâmara. Experimente, você não vai se arrepender!