Conhecida cientificamente como Annona muricata, a graviola é um fruto característico de locais de clima úmido e baixa altitude. Diz a história que os conquistadores espanhóis, depois de encontrar grandes plantações na América Central, se encarregaram de espalhar a gravioleira para outras regiões tropicais do mundo. No Brasil, além de ser encontrada na Amazônia, ela também é produzida no Nordeste do país, principalmente nos estados da Bahia, Ceará e Pernambuco.
A graviola possui forma oval e coloração verde-escuro, sendo coberta de falsos espinhos: eles são recurvados e curtos, porém moles. Sua polpa fibrosa é branca (às vezes um pouco amarelada) e possui sementes pretas que saem facilmente. Tem aroma perfumado e sabor suavemente agridoce, que para alguns faz lembrar a fruta do conde.
Há também quem descreva o paladar da graviola como uma combinação de morango (doce) e abacaxi (ligeiramente ácido) ou então uva verde com um leve aroma de acerola.
Quando madura, a graviola pode ser consumida em pedaços puros ou polvilhados com açúcar ou calda. Se ainda estiver verde, deve ser preparada como se fosse um legume (cozida, assada ou frita em fatias).
Com a polpa, dá para fazer sucos, sorvetes, mousses e geleias. Também é possível preparar purês e chutneys agridoces, que são ótimos para acompanhar carnes assadas ou peixes grelhados, por exemplo. Já as folhas da gravioleira são utilizadas sob forma de chás e infusões.
No que diz respeito às propriedades nutricionais, a graviola possui boa quantidade de carboidratos, fibras, potássio, fósforo e anonacina, um composto que vem sendo estudado por supostamente possuir efeitos anticancerígenos. Também é considerada uma ótima fonte de vitaminas C e do complexo B.